Em 2015, a Guiana descobriu altas quantidades de petróleo no perímetro oceânico da região de Essequibo. Essa região ocupa cerca de 70% do território da Guiana e é local de residência de cerca de 20% da população do país, mas é historicamente objeto de disputa com a Venezuela, que reivindica a região desde o final do século XVIII, alegando que a fronteira natural entre os países é a margem leste do Rio Essequibo.
Em 1899, os EUA mediaram uma corte arbitral que cedeu a região de Essequibo ao Reino Unido em detrimento da Venezuela, mas esse julgamento foi anulado por problemas processuais. Em 1966, quando a Guiana se torna independente, os países tentam o Acordo de Genebra para dar fim ao conflito, mas não conseguem atingir um consenso. Em 2018, a Guiana protocolou um pedido para que a Corte Internacional de Justiça (CIJ) ratificasse as atuais fronteiras, mas ainda não houve julgamento.
Em outubro de 2023, o governo da Venezuela declarou publicamente a intenção de anexar a região de Essequibo e marcou um referendo popular para consultar a população venezuelana e decidir sobre a anexação do território. É provável que o referendo tenha um resultado a favor da anexação e tropas venezuelanas já foram deslocadas para a fronteira.